segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sempre em nossa cara !

Eu raramente tenho este impulso. Fui para o ponto de onibus antes de ir pro fisk, um homem pedindo alguma ajuda, e junto dele o seu filho. Lembrei que não tinha nada na minha bolsa, uma bolacha, uma comida sequer, e moedas menos ainda, apenas o dinheiro da pasagem e tipo tava com a carteirinha, mas não sabia quanto eu tinha, sabe ? não podeira gastar D: . Eu não pude dar nada para o homem que pedia, a não ser o meu olhar disfarçadamente triste e solidário. Queria dar a ele uma saída, mas não soube como. Mas ele me deu uma semente.

Ele me deu por alguns segundos a visão de mundo dos olhos dele. A fome escura de quem parece estar desamparado de tudo. Pela primeira vez não pensei que ele pudesse ser um malandro usando uma pobre criança. Não me importava, porque outra coisa sempre se estampava pra mim. E mesmo que ele não fosse, ele era. Foi ai que então comecei a agradecer cara, agredecer pelo o que eu sou, pelo o que posso ser, agradecer pela minha vida, pela a minha comida, pelo meu amor.
E aquele velho homem , iria agredecer pelo o que ? o prato de comida que ele recebe ?
Tive tempo de refletir sobre a natureza das coisas e de como algumas pessoas podem nos fazer tão necessárias uma para outra, Cade a moeda que nós poderiamos dar?
Mundo cruel, e eu ainda reclamo MUITO da vida !

2 comentários:

Postar um comentário

Previous Post Next Post Back to Top